Arquivamento Do Inquérito Art 155 Pelo Princípio Da Insignificância Exemplo – Arquivamento Do Inquérito Art 155 Pelo Princípio Da Insignificância: Exemplos explora a aplicação do princípio da insignificância no direito penal brasileiro, especificamente no contexto de furto (art. 155 do Código Penal). O princípio da insignificância, reconhecido pela jurisprudência, permite o arquivamento de inquéritos e ações penais quando a conduta criminosa, apesar de típica, não causa dano relevante à sociedade, tornando-se juridicamente irrelevante.
Este estudo aprofunda o conceito do princípio da insignificância, analisando seus requisitos, controvérsias e aplicação prática em casos de furto. Através de exemplos hipotéticos, demonstraremos como a análise individualizada de cada caso, considerando o valor do bem subtraído, a conduta do agente e o dano causado, influencia a decisão judicial sobre o arquivamento do inquérito.
O Princípio da Insignificância no Direito Penal
O princípio da insignificância, também conhecido como “bagatela”, é um instituto jurídico que visa evitar a aplicação da lei penal a condutas que, por sua mínima relevância social, não justificam a imposição de pena. Ele se baseia na ideia de que o direito penal deve se concentrar em crimes que realmente ameacem a ordem social, e não em atos insignificantes que não causam danos relevantes.
Aplicabilidade do Princípio da Insignificância no Direito Penal Brasileiro
A aplicação do princípio da insignificância no direito penal brasileiro é reconhecida pela doutrina e jurisprudência, mas sua aplicação prática ainda é alvo de controvérsias. A doutrina majoritária defende que a insignificância deve ser analisada caso a caso, considerando o valor do bem jurídico tutelado, a conduta do agente e o dano causado.
Requisitos para a Aplicação do Princípio da Insignificância
- Valor da Coisa:O valor do bem subtraído deve ser ínfimo, não significando um prejuízo relevante para a vítima.
- Conduta do Agente:A conduta do agente deve ser desprovida de violência ou grave ameaça, e o crime não deve ter sido praticado com habitualidade ou profissionalismo.
- Dano Causado:O dano causado pela conduta do agente deve ser irrelevante, não causando prejuízo significativo para a vítima ou para a ordem social.
Controvérsias e Divergências Jurisprudenciais
A aplicação do princípio da insignificância é objeto de controvérsias e divergências jurisprudenciais. Um dos pontos mais debatidos é a definição do que se considera “insignificante”, pois a subjetividade da análise pode levar a interpretações divergentes. Há decisões que consideram o valor do bem subtraído como único critério, enquanto outras levam em consideração outros fatores, como a situação econômica da vítima e a natureza do crime.
Arquivamento do Inquérito Policial: Art. 155 do Código Penal
O arquivamento do inquérito policial é uma medida que visa encerrar a investigação criminal quando se constata a inexistência de elementos suficientes para a propositura da ação penal. No caso de furto (art. 155 do Código Penal), o arquivamento pode ser motivado pela aplicação do princípio da insignificância, entre outras razões.
Procedimento para o Arquivamento do Inquérito
O procedimento para o arquivamento do inquérito policial no caso de furto é regulamentado pelo Código de Processo Penal. O inquérito policial pode ser arquivado pelo Delegado de Polícia, pelo Ministério Público ou pelo Juiz, mediante decisão fundamentada.
Formas de Arquivamento
- Arquivamento Definitivo:Ocorre quando se constata a inexistência de crime ou a atipicidade da conduta do agente, ou quando se verifica a extinção da punibilidade.
- Arquivamento Provisório:Ocorre quando se constata a necessidade de diligências complementares para a elucidação do crime, ou quando se verifica a impossibilidade de prosseguir com a investigação por falta de elementos probatórios.
Decisões Judiciais que Fundamentam o Arquivamento
As decisões judiciais que podem fundamentar o arquivamento do inquérito, como a aplicação do princípio da insignificância, devem ser motivadas e fundamentadas em elementos probatórios que demonstrem a irrelevância do crime.
Exemplos Práticos do Arquivamento do Inquérito pelo Princípio da Insignificância: Arquivamento Do Inquérito Art 155 Pelo Princípio Da Insignificância Exemplo
A aplicação do princípio da insignificância em casos de furto depende da análise individualizada de cada caso, considerando o valor do bem subtraído, a conduta do agente e o dano causado.
Exemplos Hipotéticos
Valor do Bem | Conduta do Agente | Dano Causado | Decisão Judicial | Justificativa para o Arquivamento |
---|---|---|---|---|
R$ 10,00 | Furto de um chocolate de um supermercado | Prejuízo mínimo para o estabelecimento | Arquivamento do inquérito | O valor do bem subtraído é ínfimo e o dano causado é irrelevante. |
R$ 50,00 | Furto de um boné de uma banca de jornal | Prejuízo significativo para o vendedor ambulante | Prosseguimento do inquérito | O valor do bem subtraído, embora não seja alto, representa um prejuízo significativo para o vendedor ambulante. |
Comparação dos Exemplos
A aplicação do princípio da insignificância depende da análise individualizada de cada caso, considerando o valor do bem subtraído, a conduta do agente e o dano causado. No primeiro exemplo, o valor do bem subtraído é ínfimo e o dano causado é irrelevante, justificando o arquivamento do inquérito.
No segundo exemplo, o valor do bem subtraído, embora não seja alto, representa um prejuízo significativo para o vendedor ambulante, o que justifica o prosseguimento do inquérito.
Aspectos Práticos da Aplicação do Princípio da Insignificância
A aplicação do princípio da insignificância exige uma análise individualizada de cada caso, levando em consideração as peculiaridades do crime e as circunstâncias em que ele foi praticado.
Análise Individualizada
A aplicação do princípio da insignificância exige uma análise individualizada de cada caso, levando em consideração as peculiaridades do crime e as circunstâncias em que ele foi praticado.
Consequências da Aplicação do Princípio da Insignificância
A aplicação do princípio da insignificância pode resultar na absolvição sumária do acusado, ou seja, sem a necessidade de realização de julgamento.
Bom Senso Jurídico
A aplicação do princípio da insignificância exige um bom senso jurídico, evitando a banalização do direito penal e a impunidade de crimes que, embora insignificantes, podem causar danos relevantes à sociedade.